Palavras...

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

3 Bons livros para ler RAPIDINHO!

Como eu me dei conta que só tenho livro grosso na minha estante.


Algumas evidências...
 

OK! O “só tenho” é exagero, mas realmente cheguei à constatação de que a maioria dos meus livros tem mais de 300 páginas.
 
Descobri que sou meio condicionada a – quando estou em uma livraria, por exemplo – sempre bater o olho em livros grossos. Tenho a impressão que desenvolvi esta mania durante a faculdade de LETRAS, porque a gente só lia calhamaço.
 
Eu descobri ainda, a ordem de fatores a me  atrair num livro: primeiro ser volumoso e segundo ter um título interessante.  Porém, como agora eu tenho tempo para pesquisar sobre diferentes tipos de leitura, estou me policiando e me acostumando a levar em conta outros fatores.
 
Então, no passado, acontecia sempre a mesma coisa toda vez que alguém chegava pra mim e dizia:
 
- Pô Carla! Tô querendo ler alguma coisa mas não tenho tempo. Me dá uma dica aí! 
 
Invariavelmente eu respondia:
 
- Ah! Lê contos! Procura uma antologia que te interesse e vai nessa!
 
"Vamos combinar que se o problema for realmente falta de tempo contos são uma ótima opção."
 
Mas agora resolvi melhorar um pouco minha lista de dicas. Dei uma busca no meu acervo pra achar livros curtos que eu pudesse indicar para meus amigos assoberbados. Tive em mente os seguintes critérios:
  • O livros ter menos de 200 páginas,
  • Não ser um livro de contos (Rá!),
  • Ser um livro que eu tenha gostado muito.
Cheguei a três títulos de três autores brasileiros (puro acaso).
 
 


 
Antologia Poética de Mario Quintana (156 páginas)
 
A Mulher que escreveu a Bíblia de Moacyr Scliar (162 páginas)
 
A Casa dos Budas Ditosos de João Ubaldo Ribeiro (163 páginas)

 

 


O livro de Scliar e o de João Ubaldo são de rachar de rir e seleção de poemas de Mario Quintana nesta antologia da LPM é sublime.

*UM ALERTA!!!  

A CASA DOS BUDAS DITOSOS tem um conteúdo erótico que pode parecer pesado para algumas pessoas, fora isto, nenhuma outra contraindicação.

Boa Leitura!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Não é resenha, é experiência: O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS

Como eu entendi que só gosta de revolução quem nunca sofreu uma na pele.


Vou logo avisando:
 
"Não sou um ser político! Lidem com isso!"
 
(Pelo menos não do modo como está estabelecido no mundo em geral).
 
E, correndo o risco de parecer simplista e ser julgada como ignorante, afirmo que para mim o certo é certo e o errado sempre será errado, mesmo que venha justificado por teorias bem “amarradinhas”.
 
Dito isto enumero:
1- Ser justo é certo. Ser tirano é errado.
2- Ser piedoso é certo. Ser carrasco é errado.
3- Ajudar pessoas é certo. Matar pessoas é errado.
 
"Para mim é sim-ples as-sim!"
 
Imaginem vocês então meu estado de nervos ontem à noite quando terminei de ler as 589 páginas do livro de LEONARDO PADURA (gravem este nome!)...

Ai Leo! Como você me fez chorar...
 
Em O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS o escritor cubano usa um fato histórico,  um dos crimes políticos mais medonhos de que se têm notícias, para mostrar que o ser humano pode se tornar prisioneiro/carcereiro de uma ideologia. Quer seja a dele próprio ou a de outros.
 
Em 20 de agosto de 1940 no distrito do Coyoacán no México, o revolucionário russo Trotski foi assassinado pelo revolucionário espanhol Ramón Mercader a mando do ditador soviético Joseph Stalin – que era carinhosamente apelidado de “O Coveiro”. Depois de uma  visita à casa onde aconteceu o crime (transformada em museu)  PADURA começou a conceber as ideias para este livro tão perturbador e tão bem narrado.
 
 
 
As desventuras de Trostki e Mercader correm perpendicularmente até colidirem da forma fatídica como foi. Os trechos dos dois são intercalados pelo depoimento em primeira pessoa do sofrido e desiludido Iván, um cubano que quando jovem, por acaso do destino, viu cair em seu colo os detalhes minuciosos desta sórdida história. É um relato de neurose, dor, morte e desengano. De como o  homem é capaz de não apenas aprisionar um outro homem, mas também a ele próprio. 
 
Às 23:50 de ontem terminei e fechei o livro. Como em tantas vezes durante o decorrer da leitura fiquei olhando, meio perdida, para a capa.
 
Dentro de minha cabeça as perguntas “POR QUE?!” e “PRA QUÊ?!” ficaram martelando por vários minutos até que resolvi enxugar as lágrimas e tentar dormir...
 
 
O que ficou em mim foi a certeza, ainda mais firme, de que o CERTO  é sempre melhor e mais bonito que o errado, e de que é uma pena o fato de uma parte, ainda grande, da nossa raça humana não entender muito bem isso.   
 


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O velho ídolo de um jeito novo

Como eu arrumei uma boa desculpa para reler Machado


 
 
 - Machado de Assis é meu escritor preferido!
- Eu amo Machado de Assis!
- Eu acho Machado de Assis genial! 

Frases comumente ditas, clichêzões (sei nem se esta palavra pode ser escrita assim), mas eu uso todas estas e mais quantas achar para expressar minha paixão/admiração/devoção por este homem. E para os Doutores no assunto vou logo avisando, não sou cientista, sou tiete!

“Podem me julgar!”
 

"Machado, meu lindo, eu te amo!"
 
 

Já li e reli vários contos, todos os romances (com exceção de Casa Velha que li só uma vez, há muito tempo) e gosto MUITO da esmagadora maioria.  
 
Vou logo confessar que também sou um pouquinho obsecada por algumas das tramas.
 
Durante minha faxina nos livros do começo do ano, enquanto estava arrumando os vários volumes de M de A do meu acervo, me ocorreu que eu nunca tinha lido os romances na ordem cronológica.
 
“Que coisa, né?!?”
 
Aviso logo que não sofro de TOC, mas decidi fazer exatamente isto. Vou ler os 10 livros na ordem em que foram lançados. Não quero determinar um deadline para o termino deste “desafio”, pois não estou com a menor pressa e Machado é pra ler curtindo...
A ordem de leitura será a seguinte:
 

Falta aí CASA VELHA... mas será lido.

 
1°  RESSURREIÇÃO (1872)
2°  A MÃO E A LUVA (1874)
3°  HELENA (1876)
4°  IAIÁ GARCIA (1878)
5°  MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (1881)
6°  CASA VELHA (1885)
7°  QUINCAS BORBA (1891)
8°  DOM CASMURRO (1899)
9°  ESAÚ E JACÓ (1904)
10°MEMORIAL DE AIRES (1908)
 
Vou  tentar fazer assim: a cada 2 livros lidos eu faço um post dando um feedback. Vamos lá!
 




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

À sombra de um Mangá

Como passei de ignorante à fã!


A palavra MANGÁ quer dizer historia(s) em quadrinhos em japonês. E pelo que eu entendi, no Japão, qualquer uma HQ recebe este nome.

Dizem que o Mangá teve sua origem com as lendas representadas no Teatro de Sombras (ORICON SHORATSU) lá pela época feudal japonesa.
"Será que é por isso que as ilustrações são em preto e branco???"
 
Estas lendas saltaram do teatro para serem escritas e ilustradas em rolos de papel, que iam sendo desenrolados à medida que a história ia avançando.
"Pense na mão de obra!"
Estes rolos eram, por assim dizer, os tatara-tatara-tatara-avós  do que hoje conhecemos por MANGÁ.
Ah! Eles são lidos de trás para frente e da direita para esquerda.
 
 
No Japão os Mangás são lidos por pessoas de diferentes faixas etárias e a corrente mais realista das historias, que são feitas para o publico adulto, recebem o nome de GEKIGÁ.
 
Em toda minha vida eu nunca havia lido um Mangá que fosse, pois quando eles estouraram aqui no Brasil eu já era adulta e tinha esta ideia “preconcebida” de que era coisa de criança...Meu preconceito caiu por terra quando eu me deparei com isto aqui:
 

 
 

Já tinha escutado falar em MONSTER num canal do Youtube, mas a informação tava meio perdida dentro do meu cérebro até que esbarrei com o volume 16 da série em um quiosque de gibis e revistas no shopping. Dei uma lida na mini premissa que vem na capa e fui fisgada no ato. Pois é, passaram-se 15 volumes até eu ter contato com a trama do incrível escritor Naoki Urasawa!

"NÃÃÃÃÃOO!!!!"
 

Bem, como a vida é curta e eu não estou a fim de jogar tempo fora me lamentando pelos Mangás perdidos, resolvi começar lendo o número 16 mesmo – tô nem aí que acaba no número 18!
Corri pra internet, me atualizei com os dramas do Dr Tenma (o mocinho), as malvadezas de Johan (o pior vilão EVER!) e posso afirmar com toda convicção que MONSTER é um dos melhores textos de mistério/drama/violência que já li. Viciei! Tanto, que toda vez que vou numa livraria ou banca de revista a primeira pergunta que faço é:
“Já saiu o número 17 de MONSTER?!?!?!?”

 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Não é resenha, é experiência: O BICHO DA SEDA

De como Strike e Robin me remetem a Mulder e Scully 



A única série de televisão que segui fiel e religiosamente até o fim foi ARQUIVO X. Minha fidelidade se deu em grande parte pela química entre dois protagonistas da trama; os investigadores do FBI Fox Mulder e Dana Scully. E quando eu falo de “química” não vai aí só a tensão sexual (reprimida) que acompanhou a dupla até a 9ª temporada: não foi só isso. Aqueles dois juntos geravam momentos impagáveis. Eu ficava tensa, emocionada, nervosa e muitas vezes também morria de rir. A série chegou ao fim e eu NUNCA MAIS me envolvi com personagens de ficção do modo como foi com Mulder e Scully.
 
Scully e Mulder ;)
 

Ano passado, em julho, chegou as minhas mãos o livro O CHAMADO DO CUCO (título mal traduzido, diga-se de passagem) de um tal de Robert Galbraith, que acabei descobrindo ser o “alter-ego” de J.K. Rowling (Dona Harry Potter).
Qual não foi minha surpresa ao encontrar na história dois personagens que me fizeram reviver emoções muito semelhantes as que eu sentia com a série de Chris Carter.  Resultado: terminei o CHAMADO com aquele gostinho de quero mais, pois na minha cabeça as aventuras de Cormoran Strike (o detetive) e Robin Ellacott  (a assistente) tinham ficado apenas no ponta pé inicial.

foto internet

 
Meu irmão mais novo que também leu o livro, me mandou na época um artigo de uma revista inglesa dando notícias de que Galbraith/Rowling iria lançar um segundo episódio em Novembro de 2014 e que a série teria um total de sete volumes. Aí não teve jeito, resolvi seguir e digo: não me arrependi.



Fun, fun, fun!!!
 

Em O BICHO DA SEDA o detetive Cormoran Strike é contratado por Leonora Quine para investigar o desaparecimento de seu marido Owen Quine, um escritor que acabou de concluir um “livro-bomba” intitulado Bombyx Mori (bicho da seda em latin) detonando um monte de gente graúda do meio literário. É no meio de todos os eventos gerados pelo “sumiço” de Quine que Strike e Robin brilham como uma dupla muito afinada. Tem de tudo um pouco: das rabugices engraçadas de Strike a momentos com Robin se garantindo muuuito ao volante!  Sim, sim; o segundo livro é melhor do que o primeiro em minha opinião. A dupla interage mais e vive momentos de muita adrenalina – ADOOOORO!  

“Não minha gente, não é uma OBRA PRIMA da literatura mundial, mas é diversão das boas!”

 


CONTOS: 3 antologias

Como estou incluindo os contos na minha rotina.


Depois que fiz a organização VIRTUAL dos meus livros, parti, na sequência, para a organização FÍSICA deles. Durante o processo me deparei com o livro CONTOS REUNIDOS de Vladimir Nabokov (sim, o mesmo de LOLITA) que ganhei da minha mãe a uns dois anos e me dei conta que só havia lido 2 dos mais de 60 contos compilados na edição.
 
"Que sacrilégio! Um livro que eu quis tanto mofando na minha estante!"
 
Tomei vergonha na cara e uma decisão: "Vou ler este livro uma vez por semana no decorrer do ano..." Mas, aí vi que outras duas antologias estavam também meio empacadas comigo e as inclui neste, digamos, desafio.
 
São elas: 50 CONTOS DE MACHADO DE ASSIS e CONTOS COMPLETOS DE LIMA BARRETO.
 
Como sou a pessoa que precisa anotar para fazer, decidi escrever na minha agenda a leitura dos livros como compromissos ao longo dos meses de 2015. Ficou assim:
 
  • Terças - Machado
  • Quartas - Lima Barreto
  • Sextas - Nabokov
 
 Terça-feira
 
 Quarta-feira
 
Sexta-feira
 

Até agora está funcionando bem, porém tenho que confessar que dei uma furada básica com o Sr. Lima Barreto quarta-feira passada...  ooops!  
 
"Não pretendo fazer disto uma rotina Liminha meu querido!"


domingo, 25 de janeiro de 2015

Metas no Skoob

Agora que inventei vou ter que ir até o fim.

No final do ano passado, depois de organizar meu SKOOB (coisa que eu vinha protelando a séculos) resolvi estabelecer algumas metas de leitura para o ano de 2015. A coisa começou meio aleatória mas depois ganhou contornos mais definidos e na minha cabeça uma certa lógica.
 
Ficou assim a minha meta do SKOOB:
 
  • Um clássico da literatura internacional - JANE EYRE de Charlotte Bronte.
  • Uma continuação - O BICHO DA SEDA de Robert Galbraith (J.K. Rowling)
  • Uma coletânea de contos - A DAMA DO CACHORRINHO de Anton Tchekhov
  • Uma surpresa - O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORRO de Leonardo Padura
  • Um que todo mundo leu menos eu - GUERRA DOS TRONOS de George R.R. Martin
  • Um desejo antigo - VIVA O POVO BRASILEIRO  de João Ubaldo Ribeiro
  • Um "dever" - O TEMPO E O VENTO de Érico Veríssimo
 
 
 Lido
 
 Lido
 
 Lendo
 
Na fila
 
Esta meta é de livros que eu VOU ler de qualquer forma até o fim de 2015. Além desta lista tenho outros desafios que irei estabelecer mas a perder de vista, sem nenhuma data limite.