Palavras...

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terça-feira, 31 de março de 2015

Expectativa: Leituras Planejadas para Abril/2015

Como estou tentando ser mais “pé no chão” ;)

 
OI!

Para o mês que começa amanhã planejei pouquíssima coisa, mas tenho a intenção de cumprir tudo.

 
Um dos motivos para uma expectativa tão modesta, é que dia 11/04 vou participar de um Clube do Livro organizado por minha amiga Ane Montarroyos ( ela é a autora do lindo blog LACUNAS DO TEMPO aqui no blogspot) e o livro que a gente escolheu para abril foi THE BELL JAR (A REDOMA DE VIDRO)  de Sylvia Plath.
 
Clube do Livro (Abril/2015)


Nunca li nada dela, e o livro em questão é um tanto quando exigente. Então até dia 11 só vai ser Sylvia Plath na veia (hehe)! Vou ler com calma, fazer anotações e ficar bem ‘sabida’ para não fazer feio... Também pretendo ler alguns de seus poemas para me situar melhor.
 
 
"Depois eu conto como foi a experiência de meu primeiro Clube do Livro."
 
 
Na sequência vou iniciar o livro de Daniel GaleraBARBA ENSOPADA DE SANGUE ficou em terceiro lugar (categoria romance) no Prêmio Jabuti de 2013 e UM MONTE de gente elogiou.
 
 
Muito bem recomendado...
 
AH! E é a primeira vez que vou ler um livro sem saber ABSOLUTAMENTE NADA a respeito da trama. Vai ser bem diferente para mim, que sou meio viciadinha de sinopses.

 
E para completar, vou dar sequência na leitura de YUYU HAKUSHO. Já li os volumes 1 e 2 e tinha comprado o 4. Rodei atrás do volume 3, mas aqui em Recife não achei em canto algum. Encomendei pela Livraria Cultura e finalmente minha coleção não está mais capenga...

Pura diversão!!!


Se a história continuar tão boa quanto foi nos dois primeiros volumes, vou encomendar os demais.

 
Que venha ABRIL!!!

 
Boas leituras e um ótimo mês para todos!
 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Para crianças de todas as idades: FLICTS de Ziraldo

Como tantas vezes na vida a gente se sente FLICTS...




"Era uma vez uma cor muito rara e muito triste que se chamava Flicts. Não tinha a força do Vermelho. Não tinha a imensa luz do Amarelo. Nem a paz do Azul. Era apenas o frágil e feio e aflito Flicts."

 
A história da pobre cor que não é referencia para coisa alguma pode servir de alegoria para muita coisa neste mundo, mas serve, principalmente, para os momentos difíceis de nossa existência humana.
 


 
 
 
 
 
 
 
 
FLICTS
Autor: Ziraldo
Editora: Melhoramentos
48 páginas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem de nós já sentiu que não pertencemos ou não nos encaixamos nos grupos sociais com os quais temos que conviver? Quase todo mundo, pelo menos uma vez na vida, já se achou inadequado.
 
Ziraldo consegue, de uma forma muito doce e tocante, fazer com que os leitores (crianças e adultos) se compadeçam e se identifiquem com as angústias e o isolamento de FLICTS.
 
É emocionante, principalmente, porque este não é um livro infantil com um final feliz padrão. Ziraldo não floreia o sofrimento da personagem e nem cria uma saída fácil para suas dores.
 
Página 23
 
A solução para o deslocamento de FLICTS, na verdade, é algo extremo e profundamente sentido pelos pequenos leitores.
 
Ao final da leitura, minha filha (8 anos) olhou para mim um tanto perplexa e falou:
 
“Ah mãe! Coitadinho de Flicts...”
 
Expliquei, que de certa forma, havia uma grande beleza naquele desfecho. Mas me senti na obrigação de confessar para ela que da primeira vez que li o livro eu chorei...
 
 
Bom Final de Semana para todos!!!
  

quinta-feira, 26 de março de 2015

Eu recomendo: O RETRATO DE DORIAN GRAY de Oscar Wilde

Como o Sr. Wilde parecia sempre ter uma resposta na ponta da língua ;)

"Minha genialidade!"
Esqueçam as polêmicas a respeito do autor e da obra. O Retrado de Dorian Gray é, para mim, acima de tudo, uma história interessante, narrada por um mestre em construir períodos memoráveis.
 
Quase todo mundo conhece a premissa do livro: Um rapaz lindíssimo tem seu retrado pintado por um amigo. Ao ver o resultado final do quadro se dá conta de quão belo é, ao mesmo tempo em que entende que toda esta beleza está, inevitavelmente, fadada ao desgaste do tempo. Em meio à agonia desta certeza ele acaba transferindo (não fica bem claro como) para a pintura a “maldição” do envelhecimento.

O retrato carregará as marcas e as corrupções de uma “vida bandida” enquanto o rosto continuará doce e livre de máculas.


O RETRATO DE DORIAN GRAY
Autor: Oscar Wilde
Ed. Globo / Biblioteca Azul
Edição anotada e sem censura.
351 páginas
Como eu disse, a história é interessante. Porém, seu maior atrativo não está na trama, e sim no modo como Wilde escolhe e organiza as imagens que montam a narrativa.
Ele era uma METRALHADORA de frases de efeito!

O homem tinha resposta e opinião para tudo, e colocava suas ideias de um modo tão matter of fact, que nos pegamos balançando a cabeça afirmativamente, com aquele risinho no canto dos lábio pensando: É mesmo!

Uma coisa impressionante.
Quer saber o que ele pensava sobre o casamento? Lá vai...

 "Você parece esquecer que sou um homem casado, e o único encanto do casamento é que as duas partes são obrigadas a viver uma vida de embustes. Nunca sei onde minha mulher está, e minha mulher nunca sabe o que estou fazendo. Quando nos encontramos (...), nos contamos as histórias mais absurdas com a expressão mais séria.  Na verdade, minha mulher faz isso muito melhor do que eu. Nunca se confunde sobre as datas, como eu sempre faço."

Relações sociais:
"Diferencio perfeitamente as pessoas. Escolho os amigos por sua boa aparência, os conhecidos por seu caráter e os inimigos por seu intelecto. Um homem precisa saber escolher bem seus inimigos."

O poder da influência:
"Não existe uma boa influência, senhor Gray. Toda influência é imoral - imoral do ponto de vista científico. (...) influenciar uma pessoa é lhe dá nossa própria alma. Ela deixa de pensar seus pensamentos naturais ou arder suas paixões naturais."
E eu poderia fazer um artigo de várias páginas sobre o assunto, mas vou fazer melhor. Vou recomendar que leia o livro, você merece esta experiência!
E quem sabe, como eu, encontre SUA frase. Aquela que lhe alerte para algo em você que precisa ser policiado...
"- Suponho que lhe dê bons conselhos. As pessoas gostam de dá aquilo de que mais necessitam."
TOUCHÉ Oscar!!!
Uma ótima leitura para todos!
 

terça-feira, 24 de março de 2015

Minha relação com meus livros

Como o amor não me torna obsessiva ;)






Daqui de casa só não saem os livros da coleção de Machado de Assis (31 volumes), e da coleção de Graciliano Ramos (13 volumes). 

A de Machado me deu um trabalhão pra montar, e a de Graciliano foi presente de minha mãe, na época em que estava começando a faculdade de Letras...
MACHADO: Foi uma "função" montar esta coleção...
...e só! 

Com meus os outros livros tenho um relacionamento bem liberal.

Isto não quer dizer que qualquer um chega aqui, mete a mão, e leva, sem mais nem menos. De jeito nenhum! 

Tenho alguns amigos e membros da família para quem empresto sem o menor problema e de quem cobro a devolução assim que me dizem que concluíram a história.

Meu acervo, hoje, deve contar com aproximadamente 300 volumes, e digo, sem medo de soar esnobe, que poderia ter mais de 1000 (fácil, fácil) se já não houvesse doado e passado adiante centenas deles. Se antes já era assim, hoje tenho ainda mais certeza de que não se deve acumular nada de material na vida, muito menos livros.

"Qual é mesmo a função de um livro...?"

O critério que uso em relação aos títulos que tenho é o seguinte: 


  • Li o livro e SEI que não vou reler; ou faço doação ou passo para frente. 
  • Li o livro e SEI ou ACHO que vou reler; empresto com o aviso de dois Vs.

Simples assim!

Já perdi livro, porque emprestei e não voltou? Sim, mas foi um risco que assumi, e para quem não me devolveu (ou devolveu detonado) não empresto mais!

...

Gosto muuuuito dos meus livros! Alguns são tão especiais que só de olhar para eles e me lembrar da história eu me emociono. Mas não me deixo escravizar por este amor. 

Pretendo viver bastante para ler e reler tudo o que quero, mas estou ciente que eles terão uma vida mais longa que a minha.

Então, nesta relação, é melhor ninguém se apegar...

Tenho uma filha e quatro sobrinhos adorados. Provavelmente terei netos e sobrinhos-netos.

Sinceramente, torço para que os meus livros mais queridos encontrem morada não só nas casas de meus descendentes, mas também em seus corações.

GRACILIANO: Herança...
 Um beijos, e ótimas leituras. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Não é resenha, é experiência: VIVA O POVO BRASILEIRO de João Ubaldo Ribeiro

Como agora eu tenho certeza que João Ubaldo não era um terráqueo ;)

 
De que planeta és tu?



OBSERVAÇÕES
Quando eu digo que é uma experiência, quero dizer assim para vocês: “Façam um favor a si mesmos: leiam este livro!”
 
Quando digo que João Ubaldo Ribeiro não era terráqueo, quero dizer: “Ele era fenomenal demais. Só pode ter vindo aqui pra este planeta de empréstimo...”
 


A história de VIVA O POVO BRASILEIRO é impressionante em tantos aspectos, que me sinto na obrigação de registrar que, nenhuma resenha, nenhum sumário poderá suprir um milésimo de sua função, ou seja, não será capaz de representar o que o leitor irá vivenciar durante a leitura desta obra.

Em outras palavras, para um livro como este, as resenhas devem ter a função maior de criar a vontade de enveredar na leitura. E é isto que tentarei fazer aqui.
 
Serei breve, mas vou começar, literalmente, do começo. Ou melhor, de um pouco antes do começo. Vou mostrar para vocês a epígrafe.
 
 "O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias."

 
E já entrei no livro com um monte de questionamentos em minha cabeça:
 
  • Fatos e História estão sempre relacionados?
  • Os fatos sempre entram como parte da História?
  • História consegue expor, satisfatoriamente, todos os fatos ocorridos?
 
A epígrafe mais funcional já escrita. Ela me colocou em um “humor” direcionado para todo o tom e o mote dos eventos contados.

E digo para vocês uma coisa: terminei o livro com todas as perguntas devidamente respondidas!
 
Ponto de Leitura, 789 páginas.
 
VIVA O POVO BRASILEIRO pode ser descrito, de uma forma simplista, assim: uma olhada em 400 anos da História do Brasil em pouco menos de 800 páginas.
 
É basicamente isto? É sim, é basicamente isto. Mas João Ubaldo era "João Ubaldo", então o negócio todo vai para um nível bem lá no alto!
 
"Coisa de gênio, meu filho...!"
 
Contada em momentos variados do século 17 até o século 20, a maior parte da trama acontece na Bahia, mas outros lugares também aparecem como cenários mais ou menos eventuais. Há VÁRIOS núcleos e dezenas de personagens. Algumas obviamente APARECEM mais e por isto mesmo são mais desenvolvidas, porém, me atrevo a dizer que TODAS são extremamente importantes para a construção deste universo.
 
Em relação às personagens, ainda, o que me chamou muito a atenção foi o modo nada uniforme em criá-las e apresentá-las para o leitor.
 
Explico:
 
Algumas personalidade  ficam “explícitas” para nós em um primeiro parágrafo. Cinco, seis linhas e POW!, lá está a informação e a imagem fundamental para o entendimento do caráter dela (é o que acontece quando somos apresentados a PERILO AMBRÓSIO GÓES FARINHA).
 
Em outros casos, passamos páginas e páginas, inúmeras situações nos são apresentadas, até dá aquele clic, e a gente pensar: “Ah, tá! Agora entendi...!” (No meu caso isto aconteceu com LELÉU. Demorei até sacar qual era a dele e de que matéria ele era feito.)
 
O sarcasmo e a ironia são outros pontos marcantes. Dois traços da escrita de João Ubaldo que costuram todo enredo, mas de uma forma muito fluente e nada forçada. Com isto, mesmo estando presentes em momentos dramáticos da história, eles (o Sr. Sarcasmo e a Dona Ironia) não abafam nem escondem o drama e a gravidade de inúmeras situações  mostradas.
 
"Embravecidos e correndo sobre a imensa coroa de areia firme com uma hoste de demônios, os portugueses praticaram tamanhas atrocidades que livros de versos foram escritos sobre elas e o ódio dos muitos ofendidos ainda hoje não se aplacou nos corações de seus descendentes. A artilharia que ficou na praia e na fortaleza foi aviltada, a pólvora ensolvada, as peças de ferro cravadas e postas a rolar pelo capim e pelo barro. A igreja de São Lourenço foi invadida, arrancado o manto do Nosso Senhor dos Martírios, destruído o oratório de Vera Cruz. E tantos sacrilégios se cometeram que, já não estivesse Deus do lado brasileiro por justiça e vocação, para ele se bandearia agora, diante da algozaria do inimigo."
 
 
Digo que este é, também, um livro de lições! Muitas e muitas lições de como encarar a vida, como lutar por ela e como aproveitá-la. Como diferenciar o certo do torto, o justo do injusto.
 

"Mas este conselho lhe dava: que não fosse boba, que não confiasse, não confidenciasse e não desistisse com facilidade; que não fosse mentirosa, mas também não imprudente; que não quisesse lutar sempre do mesmo jeito, mas que tivesse para cada luta um jeito próprio, dependendo sempre das circunstâncias; e que gostasse dele, porque ele gostava tanto dela que o coração doía e, se não tinha sido melhor avô, fora porque não soubera, mas tudo o que sabia e procurara aprender tinha feito para ela."
   
Canibalismo, escravidão, maldade, traição, mentira, corrupção. Justiça poética, amor, solidariedade, força, luta por um ideal, verdade. VIVA O POVO BRASILEIRO tem de tudo, assim como nossa História, por mais nebulosa que ela seja.
 
Um livro necessário e fundamental para todos nós, filhos deste solo!
 
 
Leiam João...!
 
 

segunda-feira, 16 de março de 2015

TAG: Cinco livros que eu gostaria de ter lido no colégio.

Como teria sido bom naquela época...



 
 
O artigo de hoje é baseado em uma “TAG” criada pelas YOUTUBERS Nathália Mondo e Mell Ferraz dos canais PIPOCA DO VÔ e LITERATURE-SE, respectivamente.
 
Entrei em contato com Nathália e ela, gentilmente, me deu o OK para usar sua ideia e poder expor aqui, os cinco livros que eu adoraria ter lido no meu, já tão-tão distante, tempo de escola.  

Gostei muito deste tema porque é muito comum eu me pegar pensando: “HUM!!! Como teria sido legal ter lido este livro na escola, com um professor que soubesse conduzir bem este texto...!”

Na minha época não nos aprofundávamos nos paradidáticos e não fazíamos debates para desenvolver a leitura em sala de aula.
 
Eles nem eram chamados de paradidáticos, eram “os livros da ficha de leitura”. A professora escolhia os livros, dava uma explicação geral sobre a história, um prazo para ler e depois fazíamos uma prova, para “provar” que realmente tínhamos lido a obra.
 
“SEM GRAAAÇA!”

Hoje pensando como mãe e educadora, sei que os paradidáticos devem instruir, informar e esclarecer a criança sobre temas variados. Mas também acho que é fundamental a leitura não ser desvinculada do entretenimento.
 
Fiz apenas uma pequena adaptação na TAG original das meninas: separei os livros em séries. Um livro para Educação Infantil, um para o Ensino Fundamental 1, um para o Ensino Fundamental 2 e dois para o Ensino Médio.
 
Vamos aos escolhidos. Livros que para MIM teriam funcionado muito bem!
 
Livro 1 - Para a educação infantil:
 
 
 
 
 
 
A GALINHA QUE CRIAVA UM RATINHO
Autora: Ana Maria Machado
Editora Ática
24 páginas












 
Li este livro com minha filha, pela primeira vez, quando ela tinha uns três anos. O Galo e a Galinha não podiam ter pintinhos e resolveram pegar um Ratinho para criar com todo amor e carinho. Muito esperto, o Ratinho livra o pai de uma tremenda encrenca. É muito meigo, engraçado e aborda o tema da adoção de modo sutil e natural. 
 
 
Livro 2 - Para a Educação Fundamental 1:
 
 
 
 
 
 
 
 
REINAÇÕES DE NARIZINHO
Autor: Monteiro Lobato
Editora Globo
279 páginas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma coisa que eu não entendo até hoje! Por que RAIOS minha escola não passava os livros de Monteiro Lobato para a gente ler?!?! Na época passava a série na TV (anos 80!) e todo mundo da escola A-MA-VA. Reinações... é o livro que apresenta os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo e pode ser trabalhado ao longo do ano todo, pois aborda temas variados.
 
 
Livro 3 - Para o Ensino Fundamental 2:
 
 
 
 
 
 
 
 
A DROGA DA OBEDIÊNCIA
Autor: Pedro Bandeira
Editora Moderna
190 páginas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma trama que tem como personagens principais adolescentes. A identificação é imediata! Cinco alunos do Colégio Elite, investigam o desaparecimento de estudantes dos melhores colégio de São Paulo. Um livro que faz um alerta sobre uso de drogas e mostra como aqueles que se rendem à "experiência" viram marionetes nas mãos de pessoas inescrupulosas.  
 
 
Livros 4 - Para o Ensino Médio:
 
 
 
 
 
 
 
 
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Autor: George Orwel
Companhia das Letras
147 páginas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Li este livro no segundo semestre da faculdade de Letras e fiquei de "cara no chão". É um livro tão relevante, abre tanto os olhos da gente sobre o comportamento do ser humano e os perigos do poder dado para pessoas erradas. Tenho certeza de que este livro me fez uma grande falta na época de colégio. Eu teria entendido muito melhor coisas da História Mundial (a matéria) que não consolidei então.
 
 
Livro 5 - Ensino Médio (3° ANO):
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGOSTO
Autor: Rubem Fonseca
Companhia da Letras (CIA de Bolso)
341 páginas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pobres alunos do 3° Ano, vestibulandos oprimidos, que não tem tempo nem para dormir, quanto mais para curtir literatura de boa qualidade. Em um mundo ideal, eu poderia ter tido a oportunidade de ler este livro, ácido, controverso e muitíssimo bem escrito sobre os últimos dias da Era Vargas... E teria entrado na faculdade com um pouco mais de conhecimento sobre o jogo político e social do nosso país.
 
 
 
"BOM INÍCIO DE SEMANA E BOA LEITURA PARA TODOS!"
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 13 de março de 2015

É Poético: Livro GRÃOS NA EIRA de Lenilde Freitas

Como eu descobri que as palavras têm sabor...

 

 


AMANHÃ, 14 de março é o dia nacional da poesia. A data foi escolhida por ser aniversário de nascimento de Castro Alves, poeta romântico e abolicionista, considerado um dos mais brilhantes poetas brasileiros até hoje.


Desde criança gosto muito de poesias. Eu adorava “decorar” poemas e ficar recitando dentro de casa - feito quem canta. Devia ser um tormento para as pessoas ao meu redor, mas eu nem ligava...eram palavras que tinham um gosto tão bom!

Comecei com Cecília Meireles e Vinícius de Moraes. Depois veio Mario Quintana, que foi o poeta de minha adolescência. Na faculdade os que mais me marcaram foram Drummond, Augusto dos Anjos, João Cabral de Melo Neto, Manoel Bandeira, Mauro Mota, Joaquim Cardozo...
Não teria como eu fazer um artigo sobre todos. Então resolvi indicar para vocês um belíssimo livro de poemas, de uma escritora que tive o privilégio de conhecer pessoalmente e que merece ser muito divulgada pelo grande talento que tem.








GRÃOS NA EIRA

Autora: Lenilde Freitas

Atelier Editorial

64 páginas











Eu a conheci em 2004, quando fazia pós-graduação em literatura brasileira e ela foi minha colega de turma. Um mulher muito elegante, muito discreta... Só descobrimos que era poeta (e premiadíssima) porque nosso professor de teoria do texto poético a reconheceu e fez a maior festa.
As poesias dela são deliciosas de ler e ouvir. Lenilde sabe selecionar e organizar palavras como poucos e cria imagens lindas.
Escolhi o poema que abre o livro para nos presentear...
Boa Poesia para todos!
A palavra
 
A palavra
essa rédea
me governa.
A palavra
essa lâmina
me reparte.
Ai de mim
que sou tantas
e tão sem arte
é a que
em um chão de sílabas
se prosterna.
Ai de mim
que sou tantas
a procurar-te
palavra
que não és
e és eterna.