Palavras...

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Contos de Machado que recomendo (#3): IDEIAS DE CANÁRIO.

Alguns nascem com o universo dentro da alma...




Não importa o que os outros pensem e falem, se você se sente grande ninguém será capaz de lhe convencer do contrário. 

E uma vez que experimentar a liberdade, e entender a força de suas “asas”, jamais se conformará com menos do que já conquistou.

CIA das Letras, 487 páginas

O conto IDEIAS DE CANÁRIO é um dos textos que compõe esta ótima coletânea, mas pode também ser encontrado no livro PÁGINAS RECOLHIDAS.

Um estudioso de aves encontra por acaso, em uma loja de quinquilharias, um gracioso canarinho e descobre, sem grande surpresa, que consegue entender sua linguagem. 


"- Quem seria o dono execrável deste bichinho, que teve ânimo de se desfazer dele por alguns pares de níqueis? Ou que mão indiferente, não querendo guardar este companheiro de dono defunto, o deu de graça a algum pequeno, que o vendeu para ir jogar uma quiniela?
E o canário, quedando-se em cima do poleiro, trilou isto:
- Quem quer que sejas tu, certamente não está em teu juízo. Não tive dono execrável, nem fui dado a nenhum menino que me vendesse. São imaginações de pessoa doente; vai-te curar, amigo..." 

Encantado com a forma peculiar de o animal vê a si e a tudo que o cerca, o homem o compra e o leva para casa com o intuito de estudá-lo e apresentá-lo ao mundo científico como uma grande descoberta.

No fim das contas, o cientista aprende muito mais de filosofia do que de zoologia com o bichinho.

Este é um conto curtinho, mas que guarda uma mensagem bem humorada do que é ponto de vista e de como nossos horizontes podem se ampliar a depender do que experimentamos e buscamos na vida.

Uma daquelas história que a gente acaba de ler com um sorriso de orelha a orelha.


Um beijos e ótimas leituras.

sábado, 29 de agosto de 2015

Notas de uma jornada: EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO de Marcel Proust (V.1)

Por que subir o Everest?


Monsieur Proust

 
Sempre que via ou lia a notícia sobre algum alpinista que havia chegado ao topo do Everest eu me perguntava:
 
- Por que alguém, em sã consciência, se arrisca a fazer uma coisa destas?
 
- O que será que falta a estas pessoas para que sejam impulsionadas à uma tarefa tão difícil?
 
Afinal, ninguém é OBRIGADO a fazer a subida. Então, por que?
 
Não sei como esta sensação chegou a mim, mas depois que terminei de ler NO CAMINHO DE SWANN eu comecei a entender - um pouco - os alpinistas "malucos" que chegam lá no teto do mundo.
 
Já ouvi muita gente falar que para conquistar o Everest não é apenas necessário o preparo físico (que sim, é bastante importante para o feito) mas acima de tudo a disposição mental e a necessidade interior de fazer a escalada.
 
Ouso afirmar que para ler os sete volumes de EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO mais do que ser leitor experiente e capacitado, é fundamental que você esteja em sintonia com o que Proust tem a transmitir em sua obra.
 
É muito mais uma questão de vibe do que de intelecto.
 
Ao concluir o primeiro trecho, venho aqui dar meu testemunho de que intenciono continuar a jornada, e afirmar que uma vez começada, depois de você pegar o gosto (mesmo que vá bem devagarzinho), fica muito difícil desistir e voltar do meio do caminho.
 
 
 
 
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
 
VOLUME 1
 
NO CAMINHO DE SWANN
 
Autor: Marcel Proust
 
Editoda Globo / Biblioteca Azul
 
558 páginas 
 
 
 
 
 
 
 
 
O primeiro volume é dividido em 3 capítulos.
 
São capítulos longos, com parágrafos enormes, cheios de ideias intercaladas que dificultam a leitura até você se acostumar. Mas você se acostuma e começa a gostar do que está presenciando, e começa a sentir - muito mais do que entender - o mundo que está sendo recriado.
 
O narrador nos conta como se sentia triste e vazio com a vida que levava. Um dia, a partir de uma memória involuntária, despertada pelo sabor de um bolinho (madalena) dissolvido no chá, ele começa a sentir a profunda necessidade de escrever suas lembranças. No primeiro momento, estas lembranças parecem que escaparão a sua capacidade de registrá-las, mas ele se esforça, as persegue e, como sabemos, tem amplo sucesso na empreitada.
 
"Em breve, maquinalmente, acabrunhado com aquele triste dia e a perspectiva de mais um dia  tão sombrio como o primeiro, levei aos lábios uma colherada de chá onde deixava amolecer uma pedaço de madalena. Mas no mesmo instante, em que aquele gole, de envolta com as migalhas de bolo, tocou meu paladar, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadira-me um prazer delicioso, isolado, sem noção de sua causa. Esse prazer logo me tornara indiferente às vicissitudes da vida, inofensivos seus desastres, ilusória sua brevidade, tal como o faz o amor, enchendo-me de uma preciosa essência: ou, antes, essa essência não estava em mim, era eu mesmo."   
 
Ninguém é OBRIGADO a ler as 1.267.069 palavras de EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, mas se você sentir em seu coração a vontade de empreender por estes caminhos, vá sem medo e veja se lhe dizem alguma coisa.
 
Talvez agora não engate, talvez demore a pegar o ritmo, talvez você desista. Talvez...
 
Mas é só lembrar que, como a montanha lá nos Himalaias estará sempre a espera dos alpinistas "malucos", o texto de Proust estará sempre por aqui, esperando leitores dispostos a entrar em sintonia com esta bela obra.     
 
Um beijos e ótimas leituras.  

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

FESTIVAL RECIFENSE DE LITERATURA

Dois amores: o Bairro do Recife e os livros.

  



Começa hoje (26/08/2015) o 13o Festival Recifense de Literatura que tem como homenageado o escritor paraibano ARIANO SUASSUNA.
 
O festival acontece na AVENIDA RIO BRANCO (no meio da rua mesmo!) e contará com diversas atividades (dança, teatro, contação de histórias, debates, palestras) para públicos de todas as idades.

O evento vai até o Domingo, sendo que nos dias 29 e 30 (Sábado e Domingo) haverá a Festa do LivroAutores, livreiros e editoras estarão lá para divulgar e vender seus trabalhos.
 
Para o recifense é um extra muito bem vindo. Para quem é de fora ,uma excelente oportunidade de conhecer melhor o Recife Antigo.
 
Se você não sabe, a avenida onde acontecerá o festival fica dentro de uma ilha. E é neste miolinho de terra onde estão concentrados os pontos mais legais do bairro.

Ilha do Recife Antigo

Então, fica o convite para quem puder vir.

É um festival pequeno, mas feito com muito carinho. E com o charme de acontecer em um local incrivelmente pitoresco. 

FESTIVAL RECIFENSE DE LITERATURA
Local: Avenida Rio Branco
Horário: 08:00 - 21:00
Data: 26/08/2014 - 30/08/2015

Agenda Completa aqui no Catraca Livre PE

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Romances de Machado em ordem cronológica #2: HELENA e IAIÁ GARCIA.

Ô meninas complicadas...




  Sou uma apaixonada por personagens de romances. Sério!

  Acho que todos que me acompanham por aqui já notaram isto.
  Enquanto eu estou lendo um livro perco completamente a noção de realidade e ficção. Durante o tempo da leitura todas aquelas pessoas que fazem parte da história tornam-se reais para mim. Reais mesmo.

  Isto significa dizer que desenvolvo um relacionamento (unilateral) com todas as personagens que conheço, e quando eu leio e releio e releio..., as personagens revisitadas acabam virando da da família.

  Como em toda família, existem aquelas pessoas com as quais a gente se dar super bem, e existem aquelas que temos que aguentar porque não há outro jeito.

  Sabe aquelas criaturas que se você pudesse, mandava pra terapia em 1,2,3 e já? Pois é, se eu pudesse mandar personagens de ficção para o terapeuta, Helena, Iaiá e Estela seriam as primeira da fila.


1876


"Helena tinha os predicados próprios a captar a confiança e a afeição da família. Era dócil, afável, inteligente. Não eram estes, contudo, nem ainda a beleza, os seus dotes por excelências eficazes. O que a tornava superior e lhe dava a probabilidade de triunfo, era a arte de acomodar-se às circunstâncias do momento e a toda casta de espíritos, arte preciosa, que faz hábeis os homens e estimáveis as mulheres." 

(Eu não sei vocês, mas toda vez que leio esta descrição de Helena tenho vontade de gritar!)

  Mas vamos à história...

  O Conselheiro Vale morre e deixa estipulado em testamento que uma filha natural, até então desconhecida, deve herdar uma parte de seu legado e ser acolhida em casa por Estácio (filho legítimo do Conselheiro) e Úrsula (irmã do falecido).

  Estácio, por incrível que pareça, acha tudo normal e aceita a irmã numa boa. Já Úrsula torce o nariz e, inicialmente, hostiliza a moça.

  Helena, como já indicado na citação, consegue se adaptar e encantar a quase todos ligados à família Vale.

 E os conflitos residem neste quase, e no pequenino detalhe de Estácio (sim, o meio-irmão) apaixona-se por ela.

ÔÔÔÔPAAA!

  Temos uma trama que ferve, certo? Que nada!

  Estácio torna-se um cri-cri de torrar a paciência de qualquer santo e Helena... 

 Bem, vou fazer um breve bate-bola, tipo perguntas-e-respostas pra vocês terem uma ideia de porquê tenho tanta bronca desta história:

- Quem mais engole sapos na história? Helena.
- Quem é mais martirizada? Helena.
- Quem mais chora? Helena.
- Quem menos tem culpa da confusão toda? Helena.

  Sei que muita gente gosta da trama. Entendo e acho que é um livro a ser lido e até admirado, mas meu amor por Machado é bem pé no chãoPara mim, esta é uma história dura de aguentar. Não me queiram mal, é apenas a opinião de alguém que, como já disse, não tem distanciamento com a obra e leva tudo muito passionalmente.

...
1878


  Se IAIÁ GARCIA não tem a carga melodramática e fatídica de HELENA, em contrapartida, tem o elenco mais irritante de TODA a obra Machadiana (novamente, em minha opinião).


   Jorge, filho único de Valéria, uma rica viúva, se apaixona por Estela. A mãe do rapaz, apesar de gostar da moça (que é um tipo de protegida sua), ao notar o interesse de Jorge, tem a doce ideia de mandar o filho para a Guerra do Paraguai e, assim, fazê-lo esquecer um amor tão abaixo de seu nível social.

  Estela, orgulhosa como sei-lá-o-que, repele o cara  (apesar de também ser apaixonada por ele) e o trata com um desprezo tal, que Jorge acaba concordando em ir para a guerra.

  Só uma pergunta:

 -Que tipo de pessoa manda um filho para guerra por motivo tão tosco?!!

  Enfim... por intervenção de Valéria (sempre ela!), Iaiá torna-se enteada de Estela e quando Jorge volta da guerra o circo está armado.

  Iaiá não simpatiza com ele, pois acha que seu pai dá ao moço mais atenção do que devia. Mas, ao imaginar que existe algo entre Jorge e Estela, resolve conquista-lo e livrar o pai de uma possível traição.

"Iaiá agitava-se na alcova, de um para outro lado, desejosa e receosa ao mesmo tempo de ir ter com Estela. Duas vezes chegou à porta e recuou. Uma das vezes, voltando para dentro, deu com os olhos no retrato do pai que pendia junto à cabeceira, uma simples fotografia. Tirou-o dali, contemplou-o longamente a fronte austera e pura. Quê! Haveria na terra quem o amasse uma vez e não sentisse que o amor lhe dominaria a vida inteira? Tão afetuoso! Tão bom! Vivendo exclusivamente para os seus, sem nada invejar ao resto dos homens. Isto lhe dizia o coração, enquanto ela ia beijando o retrato com respeito, com amor, afinal com delírio."   


  E por aí vai...

 Em defesa do livro devo registrar que o "vilão" Procópio Dias é uma personagem muito bem bolada, verossímil e dá uma chacoalhada na história.  

  É como sempre digo: Machado é Machado. Vou sempre amá-lo, de qualquer forma.

  E família (mesmo de ficção) é família...a gente aguenta porque TEM QUE aguentar. 

rsrsrsrs!

Um beijo e Ótimas leituras.

sábado, 8 de agosto de 2015

LIDOS: Julho de 2015

Um mês produtivo e divertido!

 


Eu amo JULHO!

Choveu muito por aqui e, por tanto, tive o clima perfeito para leituras. Passei horas deitada, toda enrolada (22 graus é frio pra nordestino, viu?) lendo, lendo, lendo... e cochilando de vez em quando.

Foram quatro romances, um livro de contos, um de crônicas e um gibi.

Fui bem eclética e acho que isto ajudou muito no ritmo de leituras. Noto que quando vario nos tipos de textos minha mente fica mais receptiva, mais rápida - e eu não sou das mais velozes não.

Fiz um vídeo falando um pouquinho sobre cada um dos título lidos. Está lá na minha coleção Livros em vídeo.

Se quiser dá uma olhada, clica AQUI .

Mas, pra não perder o hábito, vamos à minha listinha de todo mês do SALVA.

Comecei Julho lendo HELENA, que como já falei também em vídeo, é o livro de Machado que menos gosto. Mesmo assim foi bem rápido e sempre tiramos algo de proveitoso dos livros do Sr. Assis...

(No link de cima você também consegue chegar no vídeo deste.)
 
UFA!
 
Também li o açucarado SR. DANIELS.
 
Tô falando assim, mas gostei bastante do livro. Foi muito legal sair um pouco de meu quadrado.

Artigo sobre ele AQUI .
 
FOFURINHA DO MÊS!
 
Li CONTOS FLUMINENSES de cabo a rabo.

Gosto da maioria das histórias e escolhi o conto LUIS SOARE para sugerir a vocês.

Link AQUI.

SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA!

CADÊ VOCÊ BERNADETE é mais um daqueles livros que eu normalmente não leria. Minha cunhada me deu de presente (Obrigada Fernandinha!) e li super rapidinho. Bem divertido...

FUN!

Achei este COMÉDIAS PARA SE LER NA ESCOLA por R$5 em uma feira de livros (novos) e li de uma sentada.

Ri um bocado...


PECHINCHA!

Li IAIÁ GARCIA, o quarto romance de Machado.

Correndo o risco de criar inimizades preciso declarar: Iaiá é uma sonsa, Estela uma cabeça dura, Valéria uma cobra e Jorge um mané!!!

Ponto! Desabafei... KKKKKKK

UFA PARTE 2!

E, nos 44 do segundo tempo, li as duas historinha do gibi J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA.

Encontrei por acaso em uma banca de revista e porque achei a detetive a cara de Audrey Hepburn, e a capa curiosa, resolvi trazer pra casa.

A personagem Julia Kendall foi criada pelo italiano Giancarlo Berardi, e sim, foi inspirada em Audrey.

Tudo muito clichê, mas valeu.


O CLONE DE AUDREY!
 
TCHAU Julho, meu querido!
Até o ano que vem...

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Olhando para a Literatura: PERSONAE (org. Lourenço Dantas Mota / Benjamin Abdala Junior)

Umas pessoas nossas ;)

 
 
 
 Talvez seja um vício de estudante de letras, mas eu gosto muito de ler artigos e ensaios que tratam de personagens de ficção. 
 
Tem gente de gosta de revista de fofoca (nada contra); eu quero saber o que outros estudiosos pensam e como eles enxergam meus personagens preferidos. 
 
Tenho alguns livros sobre o assunto aqui em casa, e hoje o que vou recomendar para vocês é este aqui:
 
 
 
 
PERSONAE
 
Organizadores:
Lourenço Dantas Mota  
Benjamin Abdala Junior
 
Editora SENAC São Paulo
 
324 páginas
 
 
 




"A exemplo do que ocorre nas melhores literaturas de todo mundo, a ficção brasileira tem produzido personagens marcantes, suscetíveis de sinalizar a maneira de ser da gente que as inspirou - mesmo no caso em que, declaradamente, elas não sejam dotadas de "nenhum caráter", como Macunaíma. PERSONAE, coletânea organizada por Lourenço Dantas Mota e Benjamin Abdala Junior para qual colaboram especialistas em literatura brasileira de reconhecida competência, propõe-se como uma reflexão inspirada por algumas destas personagens. E, ao refletir sobre elas, estimula a leitura ou releitura das obras que as introduziram, marcos da cultura nacional."
 
Eu trabalhei com este livro em um texto que fiz sobre PAULO HONÓRIO durante a pós-graduação de Literatura Brasileira e, foi uma mão na roda.
 
A coletânea traz 12 breves "biografias" - numa média de 20-30 páginas para cada - das personagens mais badaladas em nossa literatura, mostrando como elas representam os tipos nacionais em diferentes momentos de nossa história. 
 
Escolhi PERSONAE como livro de apoio para a leitura de MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS e DOM CASMURRO por conta de dois ensaio deliciosos, um sobre Brás e outro sobre Capitu, mas tô achando que vou acabar lendo todos os outros textos de novo... ou lendo todos os livros mencionados... 
 
#t.o.c.deleitor!  
 
É um livro para amantes e estudantes de teoria da literatura e estudos literários. 
 
Dá uma olhada na playlist.
 
 
- Iracema, o coração indômito de Pindorama - Silviano Santiago;
 
- Narrar para não morrer: Memórias póstumas de Brás Cubas - Marli Fantini Scarpelli;
 
- Capitu, a moça dos olhos de água - Domício Proença Filho;
 
- Policarpo Quaresma: triste fim, gloriosa permanência - Moacyr Scliar (AMO!);
 
- Emília, a boneca atrevida - Marisa Lajolo;
 
- Macunaíma, filho da luz - Eneida Maria de Souza;
 
- O pio da coruja e as cercas de Paulo Honório - Benjamin Abdala Junior (AMO!);
 
- Augusto Matraga, a salvação pelo porrete  - Renato Janine Ribeiro;
 
- Capitão Rodrigo Cambará - Luiz Antônio de Assis Brasil;
 
- Riobaldo, o homem das metamorfoses - Walnice Nogueira Galvão;
 
- Dona Flor e o triângulo culinário e amoroso - Affonso Romano de Sant'Anna;
 
- Macabéa e as mil pontas de uma estrela - Nádja Batella Gotlib. 
 
 
Legal né?
 
Se você tem um xodó por algum (ou vários) destes personagens, acho que vai tirar um grande proveito destes textos.
 
Como eu disse, é uma delícia.
 

Boas leituras e
ótimo fim de semana.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Expectativa: Leituras planejadas para AGOSTO de 2015

Pois é, vamos lá...

 

Eu tenho um problema de relacionamento com Agosto. Acho que isso começou na infância.

As férias de Julho sempre foram minhas favoritas e o mês subsequente chegava com um gostinho de estraga prazeres. Sofro bem menos hoje em dia, mas o ranço ficou em meu subconsciente.

Nada tão grave que uma boa seleção de leituras não amenize. E se estou com uma lista curta de livros, por outro lado escolhi textos (e métodos) que têm tudo para me manter bem alegrinha até a chegada de Setembro.

Dada a largada...

Eu espero (vamos cruzar os dedos) concluir a leitura de O CAMINHO DE SWANN.

Leio em média 60 páginas por semana - às vezes um pouco menos.
 
EU estou gostando da leitura, MAS não tenho um cérebro que me permita ler Proust em modo acelerado. Digamos que adotei um ritmo homeopático e que está funcionando para mim.
 
Continua...

Resolvi tentar ler um livro light por mês, que pode ser um livro da modinha, um romance água com açúcar, um besteirol. O que der na telha...

Analisando minha lista de lidos, notei um padrão meio engessado em coisa muito sérias (ou muito cabeça, como diz minha mãe).
 
Pretendo continuar deixando estas "coisas sérias" como maioria em meu repertório, mas como leveza é bom em tudo, vamos colocá-la em livros também.

Escolhi ANEXOS de Rainbow Rowell para quando eu quiser dá uma relaxada.
 
Descontraindo...

Projeto Machado: teremos MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, quinto romance publicado por ele, e um dos meus livros da VIDA.
 
Queridinho...

E separei também o ensaio "Narrar para não morrer: Memórias póstumas de Brás Cubas" de Marli Fantini Scarpelli como texto de apoio.

Este texto está em PERSONAE. Vou fazer um artigo sobre este livro porque vale muito indicar para vocês.

Ensaios...
 
Vai ter Shadow Reading de NORTHENGER ABBEY de Jane Austen!!!
 
Lendo e ouvindo...

Sei que muita gente torce o nariz para audiobooks, mas eu AMO ler clássicos em inglês enquanto escuto um nativo de boa pronúncia.

Uso os áudios do LIBRIVOX e já falei sobre ele neste artigo aqui (link): Um aplicativo para leitores


Um lindo mês para todos.